quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

OPINIÃO - A Cidade da Saúde, Artur Portela


 
Autor: Artur Portela
Páginas:208
Ano: 2012

Editora: Editorial Bizâncio
Preço de Capa: 13.5 €
Preço Online: 12.16 €


Sinopse:
"A Cidade da Saúde destina-se a políticos da saúde, assessores, gestores, seguradores, bastonários, psiquiatras, neurologistas, dream teams da cirurgia, médicos em geral, enfermeiros, doentes, utentes, respectivos familiares, laboratórios, técnicos, farmacêuticos, estudantes de medicina, funcionários dos hospitais e serviços clínicos públicos e privados, maqueiros, empresas de segurança, banqueiros, agências de notação, mercados, todos os manifestantes do 15 de Setembro, etc. É também um livro de auto-ajuda, um mapa do tesouro (ou se quiserem um GPS) que se consulta e se lê com a mais-valia de ser também uma ficção entre realista, satírica e fantástica." 

Opinião:
A Cidade da Saúde, é um "romance-guia para doentes de Portugal", uma "ficção entre realista, satírica e fantástica". Tais palavras descrevem tão bem esta obra.
Mais uma vez tratou-se de uma novidade para mim, pois não conhecia o autor. No entanto, em conversa sobre o tema da crise, alguém me disse que era capaz de conhecer uma obra bastante famosa do mesmo e fiquei curiosa. Assim,após uma leitura cuidada da orelha da capa, verifiquei que se trata do mesmo autor de Feira das Vaidades e O Regresso do Conde de Abranhos.

Com o estado social e económico crítico em que o nosso país se encontra, achei a altura ideal para a leitura desta obra, de um autor com um percurso tão importante e distinto.
Este livro de auto-ajuda está escrito de uma forma diferente, a que não estava habituada, no entanto transforma-se naquilo que é prometido, um mapa...um mapa da nossa realidade.
A realidade é tão crua...senhores doutores para cá, senhores doutores para lá...ministros professores e alunos uns dos outros...ou seja, é tudo igual!
Uma cidade doente, caracterizada através dos prédios doentes e expectantes, que observam o que se passa sem poder compreender e agir. 
Felizmente «O Inquilino» apela à indignação!

Uma boa leitura com uma escrita transcendente que gera, sem dúvida nenhuma, um despertar para a realidade.
Um despertar da letargia que se enraizou...

Boas leituras!


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