terça-feira, 10 de outubro de 2017

OPINIÃO! "Aurora", de Friedrich Nietzsche

Título: Aurora
Autor:  Friedrich Nietzsche 

Sinopse:
"Lancei-me num empreendimento que não pode ser o de toda a gente: avancei em profundidade, perfurei as bases e comecei a examinar e a minar uma velha confiança sobre a qual nós, os filósofos, temos o costume de construir, desde há alguns milénios, como sobre o terreno mais firme - e reconstruímos sem descanso, embora até hoje todos os edifícios tivessem ruído: começo a minar a vossa confiança na moral".
Aurora, escrito entre 1879 e 1881, pertence à segunda fase da obra de NIETZSCHE e constitui o início do imenso trabalho de crítica aos IDEAIS que se acham na base dos nossos princípios religiosos, morais e metafísicos, denunciados por NIETZSCHE como demasiado humanos e que culminará na elaboração de ZARATUSTRA e da GENEALOGIA DA MORAL." 


Opinião:
Ler este livro foi uma experiência que se revelou enriquecedora e espantosa!
É uma viagem em volta do indivíduo, que vai ao mais intimo do seu ser....uma análise do ego, da sua loucura...um estado de espírito deveras interessante.
As questões são absurdamente compenetrantes e sensíveis, ao ponte de gerar em nós, leitores, uma reflexão acentuada e obriga-nos a pensar!!! 

Ao ler a obra de NIETZSCHE, é como se ficássemos automaticamente envoltos na sombra do nosso próprio ego, sensaborronos da nossa miserável pacatez e falta de acção. Senão vejamos,  o que é a razão dentro do "livre arbítrio" conjugada com a "loucura natural do ser humano"?

Um ponto que me ressaltou à vista e que opto por focar aqui é a clara divergência entre, o que nos é imposto por educação e por hábitos, e a forma como devemos agir perante a realidade que se nos apresenta aos nossos olhos, ou seja, com clareza, lucidez e atrevo-me a dizer enfrentando os perigos da mente.
Em virtude disso, questiono-me, um instinto pode ser violento? Impede a evolução e auto-descoberta do homem? No capítulo de "auto-domínio", o autor descreve 6 métodos para combater a violência de um instinto. Muito interessante!

O autor consegue desarmar o ser complexo que é o ser humano, numa busca pelo ser mais próximo de um "super-homem".

Para mim é um livro altamente disciplinar e e com algumas linhas de orientação fascinantes, um livro filosófico muito, muito cativante.

Boas leituras!

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