Autor: José Rodrigues dos Santos
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 672
Editor: Gradiva Publicações
ISBN: 9789896165598
Sinopse:
"Baseado em acontecimentos verídicos, Um Milionário em Lisboa conclui a espantosa história iniciada em O Homem de Constantinopla e transporta-nos no percurso da vida do arménio que mudou o mundo - confirmando José Rodrigues dos Santos como um dos maiores narradores da literatura contemporânea.
Kaloust Sarkisian completa a arquitectura do negócio mundial do petróleo e torna-se o homem mais rico do século. Dividido entre Paris e Londres, cidades em cujas suítes dos hotéis Ritz mantém em permanência uma beldade núbil, dedica-se à arte e torna-se o maior coleccionador do seu tempo.
Mas o destino interveio.
O horror da matança dos Arménios na Primeira Guerra Mundial e a hecatombe da Segunda Guerra Mundial levam o milionário arménio a procurar um novo sítio para viver. Após semanas a agonizar sobre a escolha que teria de fazer, é o filho quem lhe apresenta a solução:
Lisboa.
O homem mais rico do planeta decide viver no bucólico Portugal. O país agita-se, Salazar questiona-se, o mundo do petróleo espanta-se. E a polícia portuguesa prende-o.
Críticas de imprensa:
«Um estilo de escrita prodigiosamente poético e melódico que enfeitiça o leitor.»
Literaturzirkel Belletristik, Alemanha
Opinião:
Desta vez a opinião é muito curta e simples!
A primeira parte da obra é composta pela descrição dos horrores que o filho do milionário Kaloust Sarkisian passou na marcha da morte. Krikor foi para a arménia à procura da sua amada Marjan, deixando os pais desesperados sabendo que o filho poderia ser morto.
Por ter sobrevivido, Krikor não foi capaz de se perdoar por não ter defendido a sua amada até ao fim, incapaz de viver com a sua sorte.
O episódio que relata os horrores a que os arménios foram sujeitos, principalmente as mulheres, confesso que me deixou agoniada. Mas ao mesmo tempo não fui capaz de pousar o livro e tive que avançar de modo a saber o fim de tamanha crueldade.
De facto, foi o que mais me marcou neste livro.
Nas restantes partes da obra, Kaloust é vítima de traição por parte de amigos e pelos sócios da empresa de petróleo.
E posteriormente, com a guerra surge a dificuldade em escolher o melhor país para acolher tamanha personalidade, sendo que Paris já não era uma opção.
Entre diversos contextos engraçados que o milionário viveu em Lisboa, o autor engrandece a nossa capital numa clara paixão pela cidade.
Achei que há uma mudança de intensidade drástica quando passamos da primeira parte para a segunda parte. O que não quer dizer que o livro não seja bom! Apenas verifiquei que a melhor opção seria parar um pouco a leitura e só depois retomar com mais calma.
Comparando os dois volumes, gostei muito mais da leitura do primeiro "O Homem de Constantinopla".
Boas Leituras!
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