ISBN: 9789896658038
Edição ou reimpressão: 07-2019
Editor: Companhia das Letras
Idioma: Português
Dimensões: 131 x 204 x 18 mm
Encadernação: Capa dura
Páginas: 280
Sinopse:
"Uma história inquietante sobre a memória e o que resta de nós quando a perdemos. Um romance comovente sobre o amor e o que este precisa de ser para merecer esse nome."
Opinião:
Maravilhoso!!
É o segundo livro que leio deste escritor, e mais uma vez, fiquei maravilhada com a escrita e a essência da sua obra!
Foi em 2009 que descobri Afonso Cruz, através da banda dele "The Soaked Lamb", cujas músicas são extraordinárias, e também tive oportunidade de ver a banca ao vivo, quando estive em Lisboa, em 2010.
Não me canso de dizer que temos bons escritores portugueses!
A literatura que Afonso Cruz nos oferece é pensada e é elaborada porque aborda a verdadeira essência humana, ao mesmo tempo que com a voz das personagens que nos dá a conhecer, desnuda verdades e sentimentos que com tanto esforço "se tentam esconder".
A literatura que Afonso Cruz nos oferece é pensada e é elaborada porque aborda a verdadeira essência humana, ao mesmo tempo que com a voz das personagens que nos dá a conhecer, desnuda verdades e sentimentos que com tanto esforço "se tentam esconder".
Em "Flores", conhecemos um homem... peculiar, um pouco neurótico e sobretudo, cansado da relação conjugal que tem com Clarisse. Esse cansaço acaba por se transformar em repulsa e discussões, até que, inevitavelmente se ouve naquela casa... o "barulho do divórcio".
Enquanto isso, por coincidência ou não, o vizinho Sr. Ulme, começa a fazer parte da vida desse homem, e aos poucos surge uma empatia e amizade entre eles, sobretudo devido à preocupação da personagem principal com esse "velho".
E é através dessa preocupação, que o escritor chama a atenção do leitor para a verdadeira natureza dele, isto porque, em boa verdade, ele procura o bem estar do Sr. Ulme, sem pedir nada em troca.
No fundo é um livro de uma simplicidade, mas ao mesmo tempo tão cheio de significado, porque utiliza dois homens de gerações diferentes, e que por "obra do destino" se ajudam mutuamente, de uma forma altruísta!
Apesar de existir alguma dureza na obra e no que é transmitido pelo escritor, certo é, que Afonso Cruz chama a atenção para a necessidade de estarmos atentos ao que se passa à nossa volta, e fá-lo com uma leveza e imaginação espantosas.
Afonso cruz escreve sobre a vida...com a sombra dos medos e da morte.
Boas Leituras!
Que bela análise ao livro, Joana! Aparentemente um «livrinho» tão simples, a começar pelo título, mas que encerra tantos paradigmas da Vida actual. Os teus sublinhados, seriam os meus.
ResponderEliminarE há algumas frases do livro que são marcantes. Duas delas ficaram na minha memória: “Porque viver não tem nada a ver com isso que as pessoas fazem todos os dias, viver é precisamente o oposto, é aquilo que não fazemos todos os dias.”
A outra... “As mães são as fiéis depositárias da nossa infância, dos primeiros anos. As tuas memórias mais importantes, mais formadoras, não são tuas, são dela. E quando a tua mãe morrer, levará consigo a tua infância, perderás os primeiros anos da tua vida. Por isso, trata-a bem”. Tão tocante quanto verdadeira.